ECONOMIA – Déficit comercial dos EUA bate recordes em 2024 com salto nas importações

Dólar forte ajudou a impulsionar aumento nas importações dos EUA no ano passado O déficit comercial dos EUA aumentou acentuadamente no final de 2024, em meio a um aumento nas importações antes do início do segundo mandato de Donald Trump como presidente e sua execução da promessa de tarifas abrangentes. O déficit em dezembro no comércio de bens e serviços cresceu quase 25% em relação ao mês anterior, alcançando US$ 98,4 bilhões, mostraram os dados do Departamento de Comércio na quarta-feira. Isso resultou em um déficit anual de US$ 918,4 bilhões, o segundo maior desde 1960. A enxurrada de importações no final do ano foi ampla e incluiu um aumento nas remessas de produtos industriais, que provavelmente refletiu os esforços das empresas americanas para garantir produtos antes das tarifas de Trump. Além disso, muitos importadores esperavam mitigar as interrupções de uma possível greve dos trabalhadores portuários que foi evitada no mês passado. Os números mensais do comércio estão prestes a ganhar maior importância econômica e geopolítica, à medida que a administração Trump busca tarifas para estimular a produção interna, melhorar a segurança nacional e se ajustar ao que considera políticas comerciais injustas. Como visto apenas algumas semanas após a posse de Trump, esses esforços se estendem aos maiores parceiros comerciais da América. Trump havia ordenado tarifas de 25% sobre todos os bens do Canadá e do México, que deveriam entrar em vigor na terça-feira, mas as suspendeu por 30 dias após os líderes dos dois países se comprometerem a fazer maiores esforços para conter a migração ilegal e o tráfico de drogas ilícitas. Tarifas gerais de 10% sobre importações da China já entraram em vigor. Os dados comerciais mais recentes mostraram que o déficit de bens dos EUA com o México diminuiu ligeiramente em relação ao mês anterior, para US$ 15,2 bilhões ajustados sazonalmente em dezembro, enquanto o déficit com o Canadá aumentou para o maior desde julho de 2022. Os números comerciais do Canadá mostraram um salto nas exportações de petróleo bruto. Fonte: Site InfoMoney Matéria Completa: Acesse Aqui

MUNDO – Doutrina social da Igreja: outro mundo possível. Artigo de Eliseu Wisniewsk

A Doutrina Social da Igreja como sabemos propõe uma reflexão sobre as demandas sociais da fé cristã, com particular referência ao magistério dos pontífices. “A obra é também um lembrete. Lembra-nos que temos uma oportunidade única de realizar contribuições nobres, belas e verdadeiras para a humanidade”, escreve Eliseu Wisniewski, presbítero da Congregação da Missão (padres vicentinos) Província do Sul, mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em resenha do livro Doutrina Social da Igreja: outro mundo possível (Paulus, 2024), 29-01-2025. Eis a resenha. Se a relação entre fé cristã e compromisso social é intrínseca à revelação bíblica, antes de tudo, é preciso insistir na dimensão social da fé e da evangelizadora, fortalecendo e dinamizando, na lógica do Evangelho de Jesus Cristo, o compromisso dos cristãos e do conjunto da Igreja como os processos de transformação da sociedade. A Doutrina Social da Igreja como sabemos propõe uma reflexão sobre as demandas sociais da fé cristã, com particular referência ao magistério dos pontífices. No entanto, um fenômeno sintomático de nossos tempos tem sido o desconhecimento e o desinteresse pela Doutrina Social da Igreja e junto com isso a desconfiança irônica diante da caridade dos outros. O resultado não pode ser outro: católicos atacando a doutrina da Igreja baseados nos desconhecimento sobre ela. Neste cenário recebemos a obra Doutrina Social da Igreja: outro mundo possível (Paulus, 2024,104 p.), escrita por Altiérez dos Santos e Luiz Alexandre Solano Rossi, ambos, doutores em Ciências da Religião. Os autores salientam que esta obra trata do fascinante amor de Deus pela humanidade, e de temas de grande relevância como a justa e responsável atuação da Igreja na sociedade, a pessoa humana, a família, o trabalho, a economia, a comunidade internacional, a ecologia, a violência, o socorro das multidões que vivem em situação de vulnerabilidade etc. O texto está estruturado em quatorze reflexões temáticas e buscam das uma resposta as seguintes questões: 1) O que é Doutrina Social da Igreja? (p. 11-14); 2) Por que existe uma Doutrina Social da Igreja? (p. 15-16); 3) Qual o propósito da Doutrina Social da Igreja? (p. 17-19); 4) A Doutrina Social da Igreja é uma ideologia? (p. 21-23); 5) A Doutrina Social da Igreja é uma inovação teológica? (p. 25-27); 6) A Doutrina Social da Igreja causa alguma mudança real? (p. 29-45); 7) Como a Doutrina Social da Igreja se relaciona com a ética e a moral se relaciona com a ética e a moral? (p. 47-48); 8) O que a Doutrina Social da Igreja diz sobre o pecado? (p. 49-50); 9) O que é o personalismo? (p. 51-52); 10) Quais são os valores da Doutrina Social da Igreja? (p. 53); 11) Quais são os princípios da Doutrina Social da Igreja? (p. 55-68); 12) Quais são os temas da Doutrina Social da Igreja? (p. 69-78); 13) Outros temas da Doutrina Social (p. 79-88); 14) Os papas e a Doutrina Social da Igreja (p. 89-97). Fonte: Site Instituto Humanitas Unisinos Matéria Completa: Acesse Aqui

MUNDO – ONU recomenda ao STF prioridade no julgamento da Lei do Marco Temporal e ao governo federal urgência nas demarcações

ONU trata violência contra os Guarani e Kaiowá como um caso de prevenção ao genocídio e destaca o papel do Movimento Invasão Zero em ataques violentos. A reportagem é de Renato Santana, publicada por Conselho Indigenista Missionário, 31-01-2024. A relatora da ONU sobre Defensores de Direitos Humanos, Mary Lawlor, recomenda ao Supremo Tribunal Federal (STF) prioridade ao julgamento da Lei 14.701/23, a Lei do Marco Temporal, ao se referir ao Brasil em um informe de 19 páginas publicado nesta sexta-feira (31). Mary recomenda ainda que o governo brasileiro acelere as demarcações das terras indígenas como forma de proteger os defensores e defensoras de direitos humanos. “Priorizar com a máxima urgência, em estreita colaboração com o Ministério dos Povos Indígenas e agências relevantes, a demarcação de territórios indígenas”, diz trecho do relatório. O documento foi produzido após uma viagem da relatora ao país, em abril de 2024, e será alvo de um debate público em fevereiro, no Conselho de Direitos Humanos da ONU, conforme informou Jamil Chade. As Relatorias Especiais são parte de um grupo de mecanismos conhecido como Procedimentos Especiais do Conselho de Direitos Humanos. No caso da Relatoria da ONU sobre Defensores de Direitos Humanos, o mandato não tem como missão se debruçar sobre o tema “povos indígenas”, senão a situação de defensores e defensoras. Ocorre que a garantia territorial, e os temas que a atravessam, é fundamental para a defesa e proteção dos defensores – sejam indígenas, quilombolas, sem-terras ou camponeses. Para Mary “grande parte da violência contra pessoas defensoras de direitos humanos no país está enraizada no conflito pela terra”. O que explica suas recomendações. No STF, o julgamento da Lei do Marco Temporal, aprovada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2023, está travado. O ministro Gilmar Mendes é o relator de duas ações: uma de inconstitucionalidade e outra de constitucionalidade, mas não as levou ao Plenário da Corte. O ministro decidiu abrir uma Câmara de Conciliação para tratar da controvérsia sem suspender a lei. Por essa razão, entre outras, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) se retirou da Câmara e pede ao STF que julgue a matéria. No entanto, para o movimento indígena e organizações indigenistas, o governo federal está devendo: os anúncios dos últimos dois anos eram esperados para acontecer ainda nos primeiros dias da gestão. Por outro lado, o governo tem deixado de fazer encaminhamentos administrativos por pressão política. Fonte: Site Instituto Humanitas Unisinos Matéria Completa: Acesse Aqui