TECNOLOGIA – Redes sociais: a possível diáspora

Após adesão das Big Techs à ultradireita, surge uma saída: redes federadas como Mastodom ou Bluesky, onde usuários do mundo todo usam a mesma plataforma, mas as regras de moderação são definidas por comunidades autônomas Como chegamos aqui? O sistema centralizado de moderação de conteúdo, que começou a se fragmentar, foi moldado por uma combinação de valores políticos norte-americanos, normas sociais e realidades econômicas, como argumentou a pesquisadora e professora Kate Klonick na Revista de Direito de Harvard, em 2018. O ensaio de Klonick, The New Governors, detalha como as políticas de governança das plataformas foram amplamente elaboradas por advogados dos EUA, cuja formação estava voltada para a Primeira Emenda à Constituição do país [– a que protege a “liberdade de expressão”]. Essas plataformas eram de propriedade privada e operadas por empresas, mas sua governança seguia o espírito da legislação norte-americana. No entanto, a maioria delas também considerava seu dever moderar conteúdos “obscenos, violentos ou de ódio”. Isso se devia, em parte, ao desejo de serem vistas como ligadas a “boas práticas corporativas”, mas também era uma questão puramente pragmática: “A viabilidade econômica depende de atender às normas de discurso e comunidade dos usuários”, escreveu Klonick. Quando as plataformas criavam ambientes que atendiam às expectativas dos usuários, estes passavam mais tempo no site, e a receita poderia aumentar. Economia simples. No entanto, enquanto as plataformas buscavam equilibrar responsabilidade corporativa, segurança dos usuários e viabilidade econômica, as regras tornaram-se cada vez mais pontos de conflito. As decisões de moderação de conteúdo passaram a ser vistas não como governança neutra, mas como julgamentos carregados de valores — declarações implícitas sobre quais vozes eram bem-vindas e quais não eram. A remoção pelo Facebook da icônica foto Garota do Napal, em 2016 — devido à aplicação automatizada de regras contra nudez — provocou uma reação global, forçando a plataforma a reverter sua decisão e reconhecer as complexidades da moderação em larga escala. Na mesma época, o Twitter enfrentou críticas por não responder adequadamente ao crescimento de propagandistas do Estado Islâmico e a campanhas de assédio como o Gamergate (um movimento online de 2014, supostamente sobre ética no jornalismo de games, mas amplamente visto como uma campanha de trolls contra mulheres do setor). Fonte: Site OUTRAS PALAVRAS Matéria Completa: Acesse Aqui  

MUNDO – Padre alimenta polêmica e repete ‘gesto nazista’ de Elon Musk

Comportamento em evento antiaborto fez Calvin John Robinson ser expulso da Igreja Católica Anglicana Um padre da Igreja Católica Anglicana repetiu nesta semana o “gesto nazista” feito pelo magnata Elon Musk durante a posso do presidente Donald Trump em Washington, em 20 de janeiro. Musk negou que essa fosse sua intenção. Em vez disso, o bilionário alegou que estava gesticulando que o seu coração estava alcançando a multidão. O britânico Calvin John Robinson partipava da Cúpula Nacional Pró-Vida, na capital dos EUA, quando diante de uma multidão fez referência ao polêmico gesto de Musk ao se despedir do público e declarar que os EUA “são o único país que está lutando pela vida”. “Esta é a última resistência da cristandade. É hora do tudo ou nada. Todo o Velho Mundo está desmoronando. Todos os países da Europa estão abraçando a morte. A América (como os americanos e muitos europeus chamam os EUA), até onde posso ver, é a única lutando pela vida, e isso depende de vocês. Então, Deus abençoe todos vocês pelo que estão fazendo. Por favor, continuem fazendo isso. Espero poder encorajá-los, e meu coração está com vocês. Deus os abençoe”, disse o reverendo, terminando com o gesto, que foi recebido com risos e aplausos da multidão, relatou o site “Mediaite”. Na quarta-feira (29/1), após a repercussão do discurso e do gesto de Robinson, o religioso foi expulso da Igreja Católica Anglicana, um movimento cristão com raízes políticas que é separado da Igreja Anglicana. Além do seu trabalho religioso, Robinson se estabeleceu como uma figura proeminente na política conservadora no Reino Unido. O homem de 39 anos já concorreu ao cargo de deputado pelo Partido Conservador e foi ligado a várias de organizações de direita e extrema direita — incluindo a Turning Point UK. Ele se tornou porta-voz do Partido da Independência do Reino Unido em 2024. Fonte: Site EXTRA Matéria Completa: Acesse Aqui