Tempo de visitação: rever, acolher, carinhar! Breve reflexão para crentes ou não. Comentário de Chico Alencar

“A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”, ensinou Vinicius de Moraes”, recorda Chico Alencar, deputado federal – PSOL-RJ, ao comentar o evangelho lido no 4º Domingo do Advento. “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”, ensinou Vinicius de Moraes (1913-1980). A visitação de Maria em Ein Karim, povoado na região montanhosa da Judéia (próxima de Jerusalém), está carregada de belos significados: o protagonismo das mulheres numa sociedade patriarcal; a fecundidade em meio à esterilidade; a pulsação da vida em quem se dispõe a “subir a montanha” (39), elevar-se; a Eternidade penetrando nas artérias do Tempo. O louvor da jovem Maria e da idosa Isabel, gestando Jesus e João, benditos frutos, faz vibrar as crianças que há nelas e… em cada um(a) de nós. Há braços, a delicadeza é possível! (Emanuel é “Deus conosco”). Calem-se os mísseis da destruição, silenciem os gritos de ódio! Há um feminino chamado para que fiquemos, tod@s, grávidos de um Deus Menino. Ele nos conduz, brincante e amoroso, aos restaurados campos verdes da Justiça, do Cuidado e da Paz, onde o amor vence toda dor. A visita de Maria a Isabel revela a sacralidade do miúdo e a grandeza do divino na pequenez dos gestos: “eu não sei o que é, mas sei que existe um grão de salvação escondido nas coisas deste mundo” (Adélia Prado). PS: dedico essa reflexão menor a Maristela Zenun Brigagão Ferreira (1946-2024), professora e ativista do Serviço Social, mulher generosa, de fé e de luta, que está imersa no Todo Poderoso Amor, pelo tanto de amor que semeou – como Maria, como Isabel. Fonte: Site Instituto Humanitas Unisinos Matéria Completa: Acesse Aqui