SOCIEDADE – Papa Francisco sugere estudo internacional sobre possível genocídio em Gaza

O pontífice afirmou que alguns especialistas internacionais dizem que “o que está acontecendo em Gaza tem as características de um genocídio ROMA (Reuters) – O papa Francisco sugeriu que a comunidade global deveria estudar se a investida militar de Israel em Gaza constitui um genocídio do povo palestino, em algumas de suas críticas mais explícitas até agora à conduta de Israel em sua guerra que já dura um ano. Em trechos publicados neste domingo de um novo livro a ser lançado, o pontífice afirmou que alguns especialistas internacionais dizem que “o que está acontecendo em Gaza tem as características de um genocídio”. “Devemos investigar cuidadosamente para avaliar se isso se encaixa na definição técnica (de genocídio) formulada por juristas e organizações internacionais”, disse o papa nos trechos, publicados pelo jornal italiano La Stampa. Israel tem negado todas as acusações de genocídio. O Ministério das Relações Exteriores de Israel não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as falas do papa. Em dezembro do ano passado, a África do Sul entrou com um processo contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça por suposta violação da Convenção sobre o Genocídio. Em janeiro, os juízes do tribunal determinaram que Israel garantisse que suas tropas não cometessem atos genocidas. O tribunal ainda não decidiu sobre o cerne do caso — se houve genocídio em Gaza. Francisco, líder da Igreja Católica com 1,4 bilhão de membros, costuma ser cauteloso ao não tomar partido em conflitos internacionais e enfatizar a desescalada. Mas, recentemente, ele tem intensificado suas críticas à conduta de Israel em sua guerra contra o Hamas. O Vaticano não fez comentários sobre as declarações mais recentes de Francisco, mas seu site noticiou neste domingo trechos do livro, incluindo o comentário sobre genocídio. Fonte: Site Brasil 247 Matéria Completa: Acesse Aqui  

MUNDO – Papa Francisco pede investigação para determinar se ações de Israel em Gaza configuram ‘genocídio’

Esta é a primeira vez que o pontífice pede abertamente uma investigação sobre o tema. Israel diz que suas ações em Gaza visam membros do grupo terrorista Hamas, com o qual seu exército trava guerra desde outubro de 2023. O Papa Francisco pediu uma investigação para determinar se os ataques de Israel na Faixa de Gaza constituem genocídio, de acordo com trechos divulgados neste domingo (17) de um novo livro com entrevistas do pontífice. O livro, escrito por Hernán Reyes Alcaide e baseado em entrevistas com o Papa, é intitulado “A esperança nunca decepciona. Peregrinos rumo a um mundo melhor”. Ele será lançado na terça-feira, antes do jubileu de 2025 do papa. O ano jubilar de Francisco deve atrair mais de 30 milhões de peregrinos a Roma para celebrar o Ano Santo. Esta é a primeira vez que Francisco pede abertamente uma investigação sobre alegações de genocídio em relação às ações de Israel na Faixa de Gaza. Em setembro, ele havia dito que os ataques de Israel em Gaza e no Líbano foram “imorais” e desproporcionais, e que seu exército israelense ultrapassou as regras da guerra. Israel trava uma guerra contra o grupo terrorista palestino Hamas, que começou com o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023 no sul do território israelense, que matou cerca de 1.200 pessoas e 250 foram levadas para Gaza como reféns –dezenas ainda permanecem lá até hoje. A operação militar israelense no território matou mais de 43 mil pessoas, sendo mais da metade mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. Israel nega acusações de genocídio e diz que suas ações militares em Gaza visam apenas membros do Hamas. No entanto, o conflito gerou acusações nesse sentido em tribunais internacionais: Israel é alvo de uma investigação da Corte Internacional de Justiça, em Haia, que apura se o exército do país “submeteu os palestinos a atos genocidas”. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, junto com outras autoridades de Israel e do Hamas, teve um mandado de prisão expedido contra ele pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). A decisão, divulgada em maio, citava uma “responsabilidade criminal” sobre crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Fonte: Site G1 Matéria Completa: Acesse Aqui

ARTIGO – FILOSOFIA E DESSASSOMBRO – PARTE 02

  Neste domingo, o XXXIII do Tempo Comum (conforme o Rito da Igreja Católica Romana), o Papa Francisco, por meio da Carta Apostólica Misericordia et Misera, de 20 de novembro de 2016, instituiu o Dia Mundial dos Pobres. Segundo o Papa Francisco, MISERICÓRDIA E MÍSERA (misericordia et misera, em latim) são as duas palavras que Santo Agostinho utiliza para descrever o encontro de Jesus com a mulher acusada de adultério pelos escribas e fariseus, conforme Jo 8,1-11. O pensador (hoje com 103 anos) Edgar Morin, ateu confesso e grande admirador do Jesus humano, afirma que este episódio inaugura, por parte do Nazareno, a individualização e a humanização do perdão. A partir daí, “o perdão pôde emancipar-se da religião e transformar-se em força ética”. Nada causa mais medo à classe dominante brasileira, boçal e entre as mais perversas do mundo, do que o pobre (o empobrecido, no caso) munido de consciência de classe sobre a origem da miséria social criada pelo sistema do capital. wwwSegundo Edgar Morin, Jesus, por meio da pedagogia da práxis, saiu em defesa da mulher e impôs aos acusadores dois argumentos invencíveis: o do autoexame (a força da dúvida) e o da compreensão da cegueira humana (a força da ignorância arrogante). É preciso dizer que não há saída para o mundo dos empobrecidos fora do método da luta de classes, sem o que nunca haverá práxis nem objetivação dialética do real. O filósofo russo Kopnin escreve que a incorporação da prática à teoria do conhecimento é a maior conquista do pensamento filosófico. O Mouro de Trier, numa de suas cartas (citada por M. Godelier) diz sem meias palavras que somente a luta de classes porá fim a toda essa merda, a merda da exploração que sustenta a burguesia. wwwAs três afirmações do velho Marx, abaixo descritas, nos dão a medida epistêmica do poder da práxis: 01. A teoria converte-se em força material quando penetra nas massas. 02. A filosofia encontra na classe trabalhadora seu (verdadeiro) poder material, e a classe trabalhadora encontra na filosofia seu (verdadeiro) poder teórico. 03. (Pela práxis) a crítica do céu transforma-se em crítica da terra, a crítica da religião em crítica do direito, e a crítica da teologia em crítica da política. Conclusão: Jesus de Nazaré sentir-se-ia mais próximo do ateísmo de Marx e Morin do que da religião dos escribas e fariseus.