ARTIGO – O AMOR COMO ÚNICA CERTEZA ETERNA: REFLEXÕES SOBRE A VIDA E A MORTE
A importância da esperança na vida eterna Crer em Deus é fundamental para muitas pessoas, pois isso dá sentido às suas vidas. A crença em uma vida eterna após a morte é uma das certezas que impedem o desespero de tomar conta da alma e a melancolia de se instalar. Essa esperança é a força que impulsiona muitas pessoas a viverem suas vidas da melhor maneira possível, com base em valores como o amor, a generosidade e a compaixão. No entanto, o que aconteceria se, na hora da morte, essa crença se revelasse equivocada? O que aconteceria se a vida eterna não existisse e tudo se resumisse ao nada? Para muitas pessoas, essa é uma possibilidade apavorante. Mas, como disse o teólogo Hans Küng, mesmo se isso acontecesse, teríamos vivido uma vida melhor e com mais sentido do que sem essa esperança. A morte é um evento natural que faz parte da vida. No entanto, ao contrário dos outros animais, os seres humanos têm consciência de sua mortalidade e, portanto, lutam contra a morte. Isso leva a questões filosóficas e religiosas profundas, como o fundamento de tudo, a origem e o destino da vida, e o sentido último da existência. A crença em uma vida eterna após a morte é um tema recorrente em muitas religiões. Alguns acreditam que, após a morte, a alma se separa do corpo e segue para um lugar diferente, enquanto outros acreditam que a alma é reencarnada em outro ser vivo. Independentemente da crença, a ideia de uma vida após a morte pode trazer conforto e esperança para muitas pessoas. As palavras de Leonardo Boff a Darcy Ribeiro, no leito de morte deste último, são inspiradas e carregadas de significado. Ao falar sobre a ressurreição, Boff faz uma analogia entre o casulo e a borboleta, destacando que a morte não é o fim, mas sim um processo de transformação que leva a uma nova vida. Essa nova vida pode ser interpretada como a vida eterna prometida por muitas religiões. No entanto, a vida eterna não é o único objetivo da existência humana. O amor é outro valor fundamental que pode guiar as pessoas ao longo de suas vidas. O amor é um sentimento que fica para sempre, mesmo após a morte. Na verdade, acredito-se que Deus é amor e que, portanto, permaneceremos com Ele para sempre, mesmo após a morte. Em resumo, a crença em Deus e em uma vida eterna pode dar sentido e propósito às nossas vidas. No entanto, mesmo que essa crença se prove equivocada, ainda teríamos vivido uma vida melhor e com mais sentido do que sem essa esperança. A morte não é o fim, mas sim um processo de transformação que leva a uma nova vida. E, independentemente de nossas crenças, o amor é um valor fundamental que permanece para sempre.
SAÚDE – As mudanças a que o Novembro Negro convida
Na Saúde, como em toda a cena brasileira, é preciso mais e melhores políticas afirmativas. Avanços decoloniais das últimas décadas são importantes, mas apenas arranham a grossa camada de racismo. Luta das enfermeiras aponta um caminho Segundo o Conselho Nacional de Enfermagem (Cofen), 53% das profissionais da enfermagem brasileira são negras e pardas; e as mulheres constituem 85% da mão de obra desta categoria, que abarca ao menos 2,5 milhões de pessoas. Cerca de 60% do grupo de trabalhadores negros e pardos são técnicos ou auxiliares de enfermagem, subcategorias cujos vencimentos são menores. Com o Piso Nacional da Enfermagem, já em vigor, a situação melhorou; no entanto, ainda há muito pela frente na garantia de bem estar de pessoas que trabalham de 40 a 60 horas semanais e são fundamentais na economia do cuidado. É provável, aliás, que os números do Cofen estejam subestimados, uma vez que uma vasta quantidade de profissionais da enfermagem trabalha em cuidados domésticos, o que os faz ser registrados como empregados desta categoria ou permanecerem na condição de informais. No ensino superior, a maioria dos estudantes de enfermagem ainda é branca. No mês da consciência negra, Solange Caetano, presidente da Confederação Nacional dos Enfermeiros, analisa a seguir a necessidade do país em avançar em políticas de valorização da população negra e parda no país, cujos indicadores gerais de saúde ficam muito atrás da população branca por diversas razões estruturais (Gabriel Brito). De acordo com o Censo, em 2022, 55.371 pessoas ingressaram em universidades, faculdades e institutos federais pelo critério étnico-racial. Esse recorte de cotistas só é menor que o de 99.866 que estudavam em escola pública. Ao todo, 45.226 tinham renda per capita inferior a um salário mínimo e meio. Esses dados mostram a importância de políticas públicas de ingresso no ensino superior, mas é preciso ir além; é preciso garantir permanência desses estudantes na universidade, porque muitos acabam deixando de estudar porque precisam trabalhar. Há um problema concreto, a pouca presença de negros e negras em alguns setores da atividade econômica. E mesmo quando há maior presença, eles acabam ficando em posições menos valorizadas e sem cargos de chefia.Existe larga diferença racial nas atividades econômicas. Negros e pardos têm maior proporção em áreas como serviços domésticos (66,4%), construção (65,1%), agropecuária (62%) e transporte, armazenagem e correio (57%). Já a proporção de trabalhadores brancos é maior nas categorias de administração pública, educação, saúde e serviços sociais (50,23%) e informação, financeira e outras atividades profissionais (56,6%). Todos esses números mostram que, apesar de pequenas mudanças, persistem as profundas desigualdades sociais. É um quadro estrutural de desigualdades. Neste mês da consciência negra reconhecemos os poucos avanços, mas para acabar com as desigualdades sociais, origem da discriminação a que os negros ainda estão submetidos nas diversas áreas da sociedade brasileira, é necessário ampliar as políticas públicas afirmativas, pois não é possível tratar de maneira igual aquilo que é muito diferente. Aos estudantes negros que ingressam nas universidades é preciso garantir a permanência e trabalho qualificado após se formarem. O que abordamos aqui é apenas um aspecto da luta que travamos ainda hoje para superar os fortes resquícios da escravidão que ainda hoje permeia a sociedade brasileira. Há outros nas demais camadas sociais que também precisam de atenção e reflexão neste novembro da consciência negra. Fonte: Site OUTRAS PALAVRAS Matéria Completa: Acesse Aqui
RELIGIÃO – Santa Sé proíbe missa tradicional em latim na catedral de bispo demitido pelo papa
A paróquia de São José Operário, confiada aos cuidados da Fraternidade Sacerdotal de São Pedro (FSSP), é a única paróquia da diocese autorizada a “usar o Missal de 1952 A missa tradicional em latim não será mais celebrada na catedral de Tyler, Texas, EUA, a partir de 1° de dezembro, por ordem do administrador apostólico, dom Joe S. Vásquez, com autorização da Santa Sé. Vásquez substitui o bispo Joseph Strickland, um dos críticos mais declarados do papa Francisco, demovido do cargo há um ano. Vásquez, bispo de Austin, é administrador apostólico da diocese de Tyler desde a saída de Strickland em 11 de novembro do ano passado. Ele anunciou a proibição em uma carta aos paroquianos da catedral da Imaculada Conceição em Tyler, ao celebrar uma missa no domingo (10) às 14h (horário local). Um porta-voz da diocese de Tyler disse também à CNA, agência em inglês da EWTN News, que as missas celebradas segundo a forma litúrgica pré- concílio Vaticano II também serão suspensas em outras quatro paróquias: Maria Rainha do Paraíso em Malakoff, Sagrado Coração em Texarkana, São Francisco de Assis em Gilmer e Sagrado Coração em Nacogdoches. A carta foi obtida pela jornalista católica Diane Montagna, que a divulgou na rede social X no fim de semana. “Seguindo a orientação da Santa Sé”, escreveu dom Vásquez em uma carta datada de 6 de novembro, “a celebração da liturgia de acordo com os livros litúrgicos aprovados por São Paulo VI e São João Paulo II de acordo com o Concílio Vaticano II” não será mais permitida na catedral a partir de dezembro, mas será permitida em apenas uma paróquia na diocese de Tyler. A paróquia de São José Operário, confiada aos cuidados da Fraternidade Sacerdotal de São Pedro (FSSP), é a única paróquia da diocese autorizada a “usar o Missal de 1952, de acordo com as disposições do Traditionis Custodes”, motu proprio publicado pelo papa Francisco em 2021 que restringiu drasticamente a celebração da missa tradicional em latim em todo o mundo. Segundo a carta de dom Vásquez, a paróquia de São José Operário é uma “paróquia pessoal” estabelecida em 2003 para “cuidar pastoralmente de todos aqueles na diocese que celebravam de acordo com as formas litúrgicas mais antigas”. Um porta-voz da diocese disse à CNA: “No futuro, como afirma a carta, a Paróquia de São José Operário em Tyler, uma paróquia pessoal confiada à FSSP, continuará a servir os fiéis da diocese de acordo com as normas da Traditionis Custodes”. A carta não especifica por que as missas tradicionais em latim não serão mais celebradas na catedral, embora a recusa de Strickland em implementar totalmente a Traditionis custodes seja amplamente considerada um fator que levou à sua remoção. A Santa Sé não divulgou publicamente exatamente por que o papa Francisco demitiu Strickland. Fonte: Site ACDIGITAL Matéria Completa: Acesse Aqui