A cruzada de Haddad contra a Saúde e Educação

Dispositivos do Arcabouço Fiscal do ministro estão produzindo caos no Orçamento público.  Sempre bem informado em relação ao estado de ânimo do presidente da República, o jornalista Kennedy Alencar não mediu palavras nesta terça-feira (11/6). Lula estaria “puto” com a atitude mais recente de Fernando Haddad. Pela manhã, em entrevista aos jornalistas, o ministro finalmente admitiu em público: há estudos na Fazenda para reduzir o percentual mínimo da receita de impostos destinada à Saúde e Educação. Segundo Kennedy, o presidente julgou que a fala é contraproducente por despertar, entre o financismo, expectativas que não serão cumpridas. Há meses, Outras Palavras sugere a existência destes estudos e, em especial, aponta o que está por trás deles. O ministério da Fazenda traçou uma política econômica que contemporiza com o rentismo – o setor da economia que mais suga as riquezas nacionais e freia o desenvolvimento do país. Esta opção não podia ser exposta publicamente. Ainda na segunda-feira (10/6), por exemplo, assessores de Haddad negaram taxativamente, diante de movimentos sociais ligados à luta pelo SUS, sua existência. Mas o ministro encontra-se diante de dois fogos. De um lado, quer dar satisfações aos “mercados”; de outro, teme contrariar os movimentos sociais que apoiaram e sustentam Lula, e confrontar o próprio presidente. Não é possível saber, por enquanto, o que precipitou a mudança de atitude. Uma cobrança maior, por parte dos rentistas? O desconforto de Lula (com quem o ministro reuniu-se por duas horas, fora da agenda, em pleno domingo?). O desgaste, no Congresso, das medidas arrecadatórias que a Fazenda propôs sem oferecer, em contrapartida, perspectivas reais de melhora do ambiente econômico? Enquanto não surge a resposta, algo é certo. É preciso combater o desvio de recursos da Saúde e Educação – já há muito desfinanciadas. O texto a seguir, que publicamos em 10/4, mostra em detalhes por quê.   Fonte: Site Outras Palavras Matéria Completa: Acesse Aqui