ARTIGO – ESSE TAL PECADO
Essa história do pecado é complicada. Ficamos pensando no momento em que começa o pecado. A Bíblia pretende explicar os fatos que aconteciam 600 anos depois, olhando para o início. Tem certa lógica pois a história é a mesma. A ideia que o criado era bom, mostra uma inocência original. Também o quadro comparativo do gênesis entre um mundo em harmonia e outro em desarmonia indica que algo aconteceu nesta mudança. Na classificação do pecado em ser um ato livre e consciente indica uma certa responsabilidade pela ação. A pessoa ter liberdade, consciência e absoluta certeza é meio complicado. Muitos fatores acompanham as ações. Na dúvida não há culpa. Se a liberdade se manifesta a partir do consciente, o pecado ficaria por aqui e não na catequese sobre o mesmo. Ou seja, se a consciência e a liberdade são construídas pelo sujeito, ele é senhor de seu destino. O certo é que existem ações corretas e incorretas. Qual seria o limite entre elas? E como julgá-las? Quando entra Jesus Cristo a conversa é outra. Fundamentalmente ele foi enviado pelo Pai ao mundo para libertar a humanidade do pecado. Da libertação de um povo (Ouviu o clamor), morre por todos. Qual pecado? Se pensarmos que Jesus Cristo com o Pai e o Espírito Santo formam um círculo amoroso divino desde toda eternidade e que a criação do mundo e do ser humano foi uma oferta graciosa desse amor. Deus é amor e quem permanece no amor permanece nele. Deus está onde estiver o amor. Pecado, será então, sair deste círculo, ou seja, não amar. Ama e faze o que quiseres (Santo Agostinho). Pela encarnação Jesus Cristo entra no círculo humano, pela ressurreição eleva o círculo humano ao divino. O sacrifício da cruz de Jesus Cristo, foi recriar a possibilidade de reintegração humana no círculo amoroso divino. Aqui também, o gesto de Jesus Cristo, foi uma oferta livre. Uma recriação. Ele reintegrou o círculo amoroso humano. A dificuldade é o seguimento, a adesão a esta proposta. Deve ser também gratuita e livre. Ele espera o momento oportuno. Ele não tem pressa, nós sim, devemos ter pressa. A figueira dá duas safras por ano. Há três anos (seis safras) não dava nada e acrescentou mais um ano (duas safras). Haja paciência! E como a reintegração envolve o sangue da nova e eterna aliança, para o seguidor a marca da cruz e o sangue entram na história. Fortaleza, 28.03.2025. Ozanir Martins Silva
ARTIGO – TEMPO DOS FRUTOS – OUTONO
O outono vai de março a junho. É considerado o tempo da colheita. Lembro, de quando criança, no trabalho rural, toda a família se empenhava no tempo da colheita. No mês de maio não frequentávamos a escola para ajudar na colheita. O produzido neste período sustentava a família por um ano. Eram organizados os “paiós”, espécie de depósitos. Na natureza, tudo segue uma lei lógica. Tempo de plantar, de adubar, de florescer, cair das folhas e colher. É o ciclo das estações. As interferências na natureza criam problemas e soluções. As temperaturas altas ou baixas provocam mudanças e muitas vezes prejuízos. A tecnologia pode favorecer a melhora da produção (Ex. do pimentão, 23.03.2025, globo rural). No evangelho de hoje (LC 13,6-9) temos a história da figueira que não produzia frutos. A solução proposta foi eliminá-la. A contraproposta foi esperar, adubar e ver o resultado. A condição humana segue também a lei da natureza. Possui ciclos. Semeadura ao longo da formação, o florescer e frutificar. Somos também seres produtivos pelo trabalho e pela vida. Seria interessante olharmos e avaliarmos os frutos que estamos produzindo e que tipo de frutos. Pode ser que tenhamos um trabalho produtivo quantitativo, mas o mais importante é a produção qualitativa como gestos humanitários. Na parábola da figueira, a proposta de mudança para o melhor, aparece a bondade de Deus que espera, oferece tempo, coloca adubo (graça divina) para que todos possam produzir frutos de conversão, bondade, justiça, amor. ”A bondade de Deus é a única força que pode realmente levar o homem à conversão” (JJ. 241, Teologia do Novo Testamento, 1980). Vamos viver o outono produzindo muitos e bons frutos! Fortaleza, 23.03.2025 – Ozanir Martins Silva
ARTIGO – ENTRE LIBERDADE E SEGURANÇA
No início todos são inocentes. Nascemos inocentes, puros, livres. Depois perdemos a inocência, a pureza, a liberdade. Aí recuperar e conservar a liberdade será uma luta. Ao contrário da escravidão, a liberdade necessita de segurança. Os laços relacionais adquiridos numa comunidade oferecem esta segurança. Bauman mostra isto narrando as histórias de Dântalo e Adão e Eva. Tudo vai bem até eles tomarem decisões. O desejo do poder contaminou e destruiu a inocência original. Buda já alertava que o desejo é um perigo. Devemos ser o que somos. O desejo nos leva para o que sonhamos. Viviam numa comunidade (paraíso), convívio (festa). Tinham recebido tudo, mas queriam mais. A punição veio em seguida. Viver do próprio trabalho e nunca saciar a fome e a sede. A transgressão afastou do aconchego comunitário, do círculo amoroso, da segurança. Isto custou caro e nunca mais foi recuperada a inocência original. O referencial para viver a liberdade e a segurança é a comunidade, o círculo aconchegante (Rosemberg,B.24), mas nela deve existir “um entendimento compartilhado por todos os seus membros” (Tonnies,B.15). Tudo indica que a ruptura do círculo amoroso humano do círculo amoroso divino (paraíso bíblico e deuses gregos) se deu no uso da liberdade como busca do desejo do poder. As consequências foram desastrosas. A sociedade vive no conflito entre liberdade e escravidão, segurança e violência. Como liberdade e segurança são características fundamentais da vida, há uma necessidade urgente da busca do entendimento compartilhado. Isto é possível com a recriação do espírito comunitário, da liberdade solidária, da volta ao círculo amoroso divino. Fortaleza, 11.02.2025 Ozanir Martins Silva (Nossa Senhora de Lourdes).
ARTIGO – ALGUÉM ANDOU SOPRANDO
A Igreja nasce do Mistério Pascal: vida, morte e ressurreição de Cristo; de Pentecostes e também da decisão dos apóstolos. O projeto de Jesus Cristo era instaurar o Reino de Deus. O reinado de Deus chegou, está entre vós. Com a proximidade e ameaça de morte Ele começa a anunciar a edificação da Igreja. Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. Com Pentecostes esta igreja se torna pública. A força do Espírito Santo impele os apóstolos ao anúncio do morto e ressuscitado, que continua vivo e presente. Os discursos de Pedro em Atos são uma síntese dos fatos. As figuras de Pedro (sempre o primeiro nos textos) e Paulo, indicam a Instituição (Cristo) e o Carisma (Espírito Santo). É representativo o Vaticano (dentro dos muros) e a igreja de são Paulo (fora dos muros). Ou seja, a Igreja é instituição por necessidade de continuação histórica e sociológica. E a Igreja é Carisma por necessidade de liberdade do Espírito de soprar onde quer. A instituição será sempre uma mediação (sólida = pedra) para uma ação divina (líquida = pneuma). A Igreja não é o Reino de Deus, mas tem a missão de anunciar o Reino de Deus ao mundo. A Igreja não é o Mundo, mas é a parte do mundo que crer em Jesus Cristo. Como a Igreja está no mundo sempre conseguiu bons frutos e encontrou dificuldades. As crises históricas da igreja sempre terminaram em partos de vida nova e vigorosa. Para enfrentar as crises, o Espírito de Deus tem escolhido figuras humanas. É típica a figura de Francisco de Assis apoiando igreja (instituição) como o homem que recebeu o carisma para reconstruir. É típica também a figura de Inácio de Loyola, que na contra-reforma, lidera um novo parto missionário da Igreja. São duas grandes tradições carismáticas da igreja. Estamos num momento delicado da Igreja diante de um mundo complexo. A missão de anunciar o Reino, ou o morto e ressuscitado é como um novo parto. Parece que neste conclave. Alguém andou soprando. Assim, acredito mais no Espírito Santo. 19.03.2013 (São José)
ARTIGO – A FÉ SEM FÉ
A vida, no entanto, nos coloca circunstâncias com certos limites. Aquele jovem em fase terminal que se julgava ateu, desejava acreditar em algo e não conseguia. Preciso ver para crer. Acredite se quiser. Verdade? Construo casas, prédios, fabrico tudo que preciso, para que Messias? (Herodes, filme Mary) A revelação como a manifestação de Deus na história na pessoa de Jesus de Nazaré aconteceu e continua acontecendo. A questão é como foi e continua sendo recebida, interpretada. Para os cristãos o referencial é a fé. O testemunho da adesão e seguimento de Jesus de Nazaré inicialmente não traduz uma fé no seu sentido pleno “ a fé é confiança que não se deixa dissuadir” (JJ, 250). A fé neste aspecto se consolida após Pentecostes. A fé é um dom de Deus, concedido pelo Espírito Santo, e ela se desenvolve à medida que ouvimos a Palavra de Deus e a colocamos em prática. (g.) Como a semente precisa ser alimentada. De fato, o que encontramos na trajetória de Jesus foram situações que expressam fé no poder e na compaixão de Jesus. Nos discípulos há uma manifestação diversificada da fé. Jesus elogia a fé de pagãos, a fé duvidosa dos discípulos. Mostra que é mais qualitativa que quantitativa (grão de mostarda). A arte do impossível (para Deus tudo é possível). Talvez fosse interessante analisar até onde vai a capacidade humana e a capacidade crente. Qual seria o limite entre o natural e o espiritual. Por exemplo, muitas decisões religiosas são a partir da fé ou da vontade política? A vida, no entanto, nos coloca circunstâncias com certos limites. Aquele jovem em fase terminal que se julgava ateu, desejava acreditar em algo e não conseguia. Parece que, quando o limite humano chega, a ânsia do limite eterno começa. Entre os muros sem saída, o salto da fé nos lança fora. Entre o primeiro choro e no último suspiro, pela fé, seguro na mão de Deus. A firmeza, a consistência, a confiança em Jesus de Nazaré afasta qualquer medo e nos lança para o salto no escuro, que se transforma em luz eterna. Fortaleza, 15.01.2025 Ozanir Martins Silva
ARTIGO – A MISSÃO DA IGREJA
“Todos devem cooperar na dilatação e incremento do Reino de Deus no mundo. Por essa razão, os leigos, diligentemente, procurem um conhecimento mais profundo da verdade revelada e, insistentemente, peçam a Deus o dom da sabedoria” (LG nº 35). Já o Papa Paulo VI, em Evangelii Nuntiandi, afirmava: “Nunca haverá evangelização verdadeira se o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o reino, o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus, não forem anunciados” (nº 32). Todos somos mediadores, cooperadores na dilatação e incremento do Reino de Deus no mundo. Ou seja, a missão da Igreja é anunciar o mistério de Jesus de Nazaré. De onde vem esta missão? Para onde vai? Qual o objetivo? A quem é dirigida? O Filho foi enviado pelo Pai para espalhar o amor divino pelo mundo. O Filho na sua vida histórica cumpre este mandato anunciando o Reino de Deus, que significa uma ação concreta de transformação da realidade para o horizonte do bem, da verdade, do amor que expressam as características divinas. Os evangelhos são narrativas que testemunham as experiências vividas do Evangelho – Jesus Cristo. Esses testemunhos são a âncora da fé cristã que prossegue na vida eclesial. O texto recomenda que os cristãos devam ter um melhor conhecimento da verdade revelada, inteligência da fé, que poderíamos acrescentar inteligência do amor, da justiça e da misericórdia. A vida eclesial deve ser a atualização do testemunho de Jesus Cristo, ou seja, como vender o produto Jesus Cristo. De maneira genérica existe uma fé em Jesus Cristo, mas para muitos não convence. A história de Emaús (LC: 24,15) é paradigma como experiência da presença e do anúncio de Jesus Cristo. Se quisermos conhecer uma pessoa basta olhar o que ela fala e faz (Jaspers). É o que acontece em Emaús. Eles identificam o Mestre pela fala (aquecia o coração) e pelo partir do pão (tirou o véu do mistério). Isto chega até nós. Temos uma história construída pelo que vimos e ouvimos. É interessante rever nossas narrativas. De como repassamos o recebido e pensar no a ser transmitido. Devemos olhar o nosso lugar de fala. Eu falei muito. Quantos sermões, reflexões, palestras, conselhos, retiros, celebrações e quantos feitos de solidariedade, de compaixão, de carinho, força junto dos fracos, esmorecidos da vida. Todo o nosso potencial estava voltado para uma missão. Esta tomou características comunitárias e depois se direcionou para um serviço específico, no sacramento da família. Ao mesmo tempo, que diz o texto, contamos com o dom da sabedoria, que foi a força do Espírito Santo. Penso que a missão da Igreja é continuar o anúncio de Jesus Cristo por meio de palavras e ações, ou seja o testemunho da experiência originante da fé e da Igreja, o mistério pascal: o morto e ressuscitado, ou ainda, as palavras e ações de Jesus Cristo. Assim, o caminhar da Igreja não é um caminhar triunfante, dominante, mas um caminhar ouvinte (dos gritos e gemidos de dor, fome dos maltratados, excluídos, dos humilhados), um caminhar solidário com os irmãos que sofrem o racismo estrutural, a discriminação racial, o desconforto das opções de gênero. (Não é sem razão a defesa dos direitos humanos feita por um ativista, preso, que recebe o Nobel da Paz – Ales). “A vida se torna um caminhar com profundo sentido, não porque nós cristãos já tenhamos soluções para tudo, mas porque, objetivamente, conhecemos a direção para a qual nos movemos: o Reino de Deus; nos colocamos a serviço da vida” (Jon Sobrino). Questões: 01. Conhecemos as propostas concretas da igreja local sobre o mês missionário? 02. O MFPC deve ter um projeto coletivo para a vida missionária, ou, as experiências sejam particularizadas? Fortaleza, 21.10.2022 – Ozanir Martins Silva
ARTIGO – CONTEMOS E CANTEMOS – PEQUENAS NARRATIVAS
Algumas das características da pós-modernidade são: os fragmentos, a interrupção, as pequenas narrativas, os intervalos. As narrativas podem ser positivas ou negativas. Faço questão de insistir nas positivas. Com razão a história das pessoas, como a história da humanidade é feita assim: com fragmentos, pedaços, etapas, episódios, fatos. Daí é, que contar e cantar a vida talvez seja simples e agradável. Seria interessante e atraente ouvir as pequenas histórias e cantá-las. Lembro algumas. Quando aquela psicóloga falou meu nome e disse que eu teria sido o seu segundo pai, as lágrimas vieram. Ela relembrou, garotinha no colégio que eu era o diretor foi acolhida com a mãe e os irmãos quando o pai faleceu. (Bianca) Quando aquela outra psicóloga veio me abraçar por eu ter sido seu professor na universidade, e disse que eu fazia parte da vida dela, tocou me muito, pois não lembrava (Janaina). Quando aquela jovem veio me agradecer pelo que fiz por ela na solução de seus problemas, fiquei interrogativo, pois eu apenas sugeri que ela fizesse o que estava pensando fazer. Quando aquele pequeno empresário me agradeceu porque quando eu era diretor o ajudava ou com a passagem de retorno para casa ou oferecendo um almoço. Não lembrava, mas tocou-me. Quando aquela mulher pobre de uma comunidade perguntou se eu não iria receber o ovo que ela me ofertava, fiquei emocionado, talvez fosse o que ela tinha para me oferecer. Quando eu me coloquei, rezando o terço, diante de Maria, dizendo que ela sabia da minha situação, e agisse a meu favor, foi o silêncio e confiança que dominou. E então, por que não cantar os feitos bonitos? Eu não sei cantar. Mas não precisa voz de cantor. O coração canta no ritmo de suas batidas. A emoção se espalha no ritmo de suas manifestações, sorrisos, abraços, beijos. E sentimento extravasa por palavras, obrigado, graças a Deus. Fortaleza, 08.02.2025. Ozanir Martins Silva
ARTIGO – ENTRE SAUDADE E ESPERANÇA
(Hoje dia da saudade (30.01.25) Hoje bateu uma saudade! Como é? Sei não, é um negócio aqui por dentro como um vazio. Pois é. Parece que falta um pedaço de mim. Acho que fui roubado. Levaram o meu amor, roubaram a minha voz, tomaram o meu pensamento. Só não tiraram a minha saudade. Ela me liga ao passado (tradição) e ao futuro(escatologia) nesse presente vazio. O poeta diz assim: Saudade! Eu pequenino. O olhar sagrado de minha irmã contando aos meus ouvidos a história de algum Rei-Moiro encantado à voz das rolas dos sertões perdidos… (Maranhão Sobrinho, 1879-1915) maranhense de Barra do Corda, jornalista, escritor, poeta simbolista, fundador da Academia Maranhense de Letras. A filósofa diz assim: Entre o Passado e o futuro. (Hannah Arendt) (1906- 1975) filósofa política alemã de origem judaica. Liberdade acontece na ação. O teólogo diz assim: Paraíso terrestre: Saudade ou esperança? (Carlos Mesters, 1931) frade carmelita holandês, doutor em teologia bíblica. Segundo a obra o paraíso terrestre é mais esperança. Assim, o forte mesmo é existir no presente. Ele é como um sanduiche puxado pelo passado e atraído para o futuro. Saudade gira entre a fonte originária e se abre para a fonte definitiva. Entre o ser e o não ser. Fortaleza, 30.01.25 Ozanir Martins Silva
ARTIGO – A LIBERDADE DOS PÁSSAROS
Foi uma notícia interessante. (SVM, 27.01-25). No Parque Nacional de Ubajara, Ce. Soltaram um bando de periquitos Cara Sujas. Vejo este fato como um símbolo da liberdade. Este tipo de periquito está em extinção. Os que foram soltos serão os povoadores do Parque. Vieram de Baturité. Há mais de 100 anos deixaram de existir em Ubajara. Retornaram e começam com um voo tímido. Mede 23 centímetros de comprimento e pesa cerca de 63 gramas. Geralmente povoam as serras (WikiAves). As causas da extinção são: o tráfico de animais silvestres, são capturados em bandos, existem mais no cativeiro que em liberdade, além da destruição do seu habitat. São vendidos em feiras clandestinas. Seu nome científico é psitaciforme, ou, ave com peito cinza e cauda vermelha. O dia 27.01.2025. lembra o holocausto, a morte de 1 milhão de crianças, 2 milhões de mulheres e 3 milhões de homens. O dia 27.01.45. é lembrado porque foram soltos neste dia os últimos prisioneiros do nazismo (Auschwitz 7.500 pessoas). O holocausto foi uma tentativa de extinção dos judeus e outros personagens consideradas sub raça. Holocausto significa todo queimado, ou Shoá, destruição. No texto “por que os pássaros cantam” afirmo que as vozes da natureza expressam a alegria e esta é a linguagem universal dos seres. O canto e voo dos cara-suja, a libertação dos prisioneiros do holocausto, ou do Hamas, são o grito de liberdade, que foi doada para a vida humana, para a natureza, contra todo extermínio, extinção da alegria universal dos seres. Os exterminadores perderam a inocência recebida e decidem a extinção da vida, da natureza, em nome da economia do mercado, esquecendo a economia solidária, a responsabilidade social, a liberdade. Fortaleza, 27.01.2025 – Ozanir Martins Silva
ARTIGO – A MATURIDADE
Existimos para nos construirmos. Esta construção em primeiro lugar é a identidade; depois vem a confirmação social e por ultimo a absoluta, definitiva. Tudo isto acontece por meio dos círculos existenciais. Pelo trabalho realizamos nosso papel na realidade. Ele mostra nossa capacidade laborativa e recebe a aceitação social. Hoje, quem nos faz pensar, agradecer e admirar é nossa querida Adriana. Não só pelo tempo de vida, mas pela qualidade de vida dedicada a si, à família e ao trabalho pela justiça. Competência e experiência fundam a maturidade de Adriana. Isto vemos por palavras e obras. Quando aquelas famílias marcadas pelos reveses da vida choram agradecidas, quando ela narra as intervenções defendendo os clientes, nos deixa orgulhosos e agradecidos. Além de tudo, continua aquela cuidadosa pela família. A intensa preocupação com todos. Mesmo nos momentos de tensão, ela não se cala, sofre e reconstrói a tranquilidade. Ela é daquelas pessoas que pensam cinco coisas ao mesmo tempo, pede três ações ao mesmo tempo, se desliga e se liga em questão de segundos. O Deus dela está na centelha do coração de cada um, está na energia do universo e nas inspirações de bondade, de generosidade. É uma parceira que me segura em pé ao seu lado, me aquece com sua energia e me guia com o bom senso. Obrigado Senhor por esta pequena e grande Adriana. Sem ela, sei não… Parabéns Adriana: Ozanir, Matheus, Victor e Giovanna.