«Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela» (Mateus 16, 18)
Nenhum outro personagem neotestamentário causa tão profunda impressão no coração do leitor bíblico quanto esse impulsivo pescador galileu, cuja fervorosa devoção em servir seu Mestre o fez tornar-se um dos mais destacados e celebrados obreiros do Evangelho em todos os tempos. A relevância de Pedro para a história da Igreja se faz sentir na própria ordem da lista dos apóstolos. Embora a sequência desses nomes varie conforme as citações dos evangelistas, dois dos discípulos são sempre apresentados na mesma ordem: o primeiro e o último. Se, para os autores sinópticos, o lugar de ignomínia e vergonha pertence ao abjeto Judas Iscariotes, por outro lado, a proeminência dentre os doze cabe a Simão, chamado Pedro (Mt 10, 2; Mc 3, 16; Lc 6, 14). O impacto causado pela figura de Pedro ao leitor do Novo Testamento obedece à razão direta de sua semelhança com cada um de nós, na complexidade de nossas contradições e ambiguidades. A natureza de Pedro assemelha-se a um turbulento redemoinho onde pululam as mais louváveis virtudes e as mais repreensíveis fraquezas. Desse vigoroso pescador podia-se esperar qualquer coisa, exceto um comportamento previsível diante dos desafios do cotidiano. Por isso, suas reações a eles variavam desde a mais expressiva coragem, como no andar sobre as águas tempestuosas do Mar da Galileia (Mt 14, 28-31), até posições pusilânimes como a da noite em que, aos impropérios, negou seu Mestre (Mt 26, 69-75). “Muito se tem dito sobre o temperamento de Pedro. Ele não era particularmente modesto, mas era frequentemente impositivo. Por vezes, durante os primeiros dias da Igreja, Pedro pôs-se na vanguarda dos apóstolos, falando como seu porta-voz. Embora mais tarde eclipsado em notoriedade por Paulo, Pedro permaneceu firme na afeição da Igreja primitiva como o primeiro dentre os mais notáveis cristãos. Com uma rara combinação de coragem e covardia, Pedro alternava momentos de grande força e lamentável instabilidade. Jesus dirigiu-se mais a ele do que a qualquer outro de seus seguidores, tanto em louvor como em repreensão. Nenhum outro discípulo foi tão diretamente admoestado por nosso Senhor e nenhum deles jamais ousou advertir seu próprio Mestre como Pedro! Mas, sob os ensinos, os exemplos e o treinamento de Cristo, o caráter impulsivo desse galileu foi sendo gradativamente subjugado até, finalmente, após o Pentecostes, tornar-se a própria personificação da fidelidade a Cristo. Havia, entretanto, um fator remidor no caráter de Pedro: sua aguda sensibilidade ao pecado. Em seu espírito, ele se mostrou extremamente sensível e melindroso nesse particular. Foi ele quem disse: ‘Senhor, retira-te de mim; porque sou pecador’ (Lc 5, 8). Pedro pecou tão gravemente quanto Judas. Se este vendeu Jesus, aquele imprecou contra seu Senhor. Não há, pois, diferença essencial nisso, exceto pelo fato de que Pedro se arrependeu e Judas não.” De facto, os elementos conflituantes que compunham o caráter do apóstolo foram sendo, paulatinamente, adestrados e moldados por seu Rabi que, qual domador que habilmente submete o cavalo selvagem, transformou aquela personalidade paradoxal num líder que, séculos mais tarde, ainda é honrosamente lembrado como um dos grandes campeões da cristandade. Dentre todos os apóstolos apresentados no Novo Testamento, Pedro é – ao lado de Paulo – aquele sobre quem mais relatos dispomos. Embora parte dessas informações seja também procedente da história pós-bíblica, é nas páginas dos Evangelhos que obtemos os elementos fundamentais para o traçado de uma silhueta aproximada de sua personalidade como discípulo de Jesus Cristo. A VIDA DO APÓSTOLO ●Nome original: Simão (Mt 10, 2), que parece ser uma forma grega do nome hebraico Simeão (ouvindo), nome muito comum na época (Mc 6, 3; 14.3; Lc 7, 40; At 1, 13). Mais tarde, Jesus mudaria seu nome para Pedro (do gr. Petros), ou Cefas (do aram. Kepha), cujo significado é pedra, rocha (Jo 1, 42, 1 Cor 1, 12). ●Filiação: Pedro era filho de Jonas, um pescador que vivia na região da Galileia (Jo 1, 42; 21, 15-17; Mt 16, 16). ●Profissão: Assim como seu pai, Pedro era pescador, profissão que geralmente exercia na companhia de seu irmão, André, e de outros dois irmãos, Tiago e João (Mt 4, 18). ●Estado civil: Pedro era casado (Mc 1.30), e, do que podemos inferir de alguns textos bíblicos, sua mulher o acompanhava sempre no seu ministério itinerante (1 Cor 9.5). ●Terra natal: Pedro era natural de Betsaida – uma aldeia nas praias nortenhas da Galileia, perto do Jordão, de fortes influências gregas. O nome é aramaico e tem o sentido de casa de pesca ou então casa de pescadores. Mas Pedro tinha também residência em Cafarnaum, na Galileia (Mc 1.21 ). Ambos os lugares se situavam à margem do lago, onde ele exercia a função de pescador. ●Escolaridade: Pedro nunca frequentou alguma academia rabínica, não teve educação especial em teologia e retórica, nem educação formal na lei judaica, por isso era considerado homem sem letras ou indouto (At 4, 13). ●Posição socioeconómica: os filhos de Jonas, André e Pedro, trabalhavam na pesca com o pai, embora tudo leva a crer que Simão tinha o seu barco próprio. A pesca era um dos negócios ●Início da vida apostólica: Quando Simão juntou-se aos apóstolos, ele tinha trinta anos. Era casado, possuía três filhos, e vivia em Betsaida, perto de Cafarnaum. O seu irmão, André, e a mãe da sua mulher viviam com ele. Ambos, Pedro e André, eram sócios de pescaria dos filhos de Zebedeu. O Mestre havia conhecido Simão há algum tempo, quando André o apresentou como o segundo dos apóstolos. Naquele momento Jesus deu a Simão o nome de Pedro, e o fez com um sorriso, para ser uma espécie de apelido. CARÁCTER DE SIMÃO PEDRO Simão era muito conhecido por todos os seus amigos como sendo um companheiro impulsivo e errático. É bem verdade que, mais tarde, Jesus deu importância nova e de maior significado ao apelido, conferido de uma maneira tão imediata. Simão Pedro era um homem impulsivo, um otimista. Ele havia crescido dando a si próprio a indulgência de ter sentimentos fortes; estava constantemente em dificuldades, porque persistia em falar sem pensar. Essa espécie de descuido também trazia complicações, umas após outras, para todos os seus amigos e condiscípulos, tendo sido o motivo para o Mestre, muitas vezes, haver chamado suavemente a sua atenção. A única razão pela qual Pedro não entrava em maiores complicações, por falar sem pensar, era que, desde muito cedo, ele aprendera a conversar sobre muitos dos seus planos e esquemas com o seu irmão, André, antes de aventurar-se a fazer propostas em público. Pedro era um orador fluente, eloquente e dramático. Era também um líder de homens, por natureza e por inspiração, um pensador rápido, mas sem um raciocínio mais profundo. Fazia, mais do que todos os apóstolos juntos, muitas perguntas e, embora a maioria delas fosse de boa qualidade e pertinente, muitas eram impensadas e tolas. Pedro não tinha uma mente profunda, mas conhecia muito bem a própria mente. Era, por conseguinte, um homem de decisão súbita e de ação rápida. Enquanto os outros, atónitos, faziam comentários de espanto ao verem Jesus na praia, Pedro pulava na água e nadava até a praia para encontrar o Mestre. O traço que Pedro mais admirava em Jesus era a sua ternura elevada. Pedro nunca se cansava de contemplar a paciência de Jesus. E nunca se esqueceu da lição sobre perdoar a quem erra, não apenas sete, mas setenta vezes e mais sete. Ele pensou muito sobre essas impressões, sobre o caráter do Mestre, de sempre perdoar, durante aqueles dias escuros e tristes que se seguiram imediatamente depois que ele, irrefletida e involuntariamente, negou a Jesus no pátio do sumo sacerdote. Simão Pedro era aflitivamente vacilante; ele ia subitamente de um extremo a outro. Primeiro ele recusou-se a deixar Jesus lavar os seus pés e então, ao ouvir a resposta do Mestre, ele implorou para que ele o lavasse por inteiro. Mas, afinal, Jesus sabia que as falhas de Pedro vinham da sua cabeça e não do coração. Ele era uma das combinações mais inexplicáveis de coragem e de covardia, como jamais houve na Terra. A sua grande força de caráter era a lealdade, a amizade. Pedro amava Jesus, real e verdadeiramente. E, ainda a despeito de ter uma força altaneira de devoção, ele era instável e inconstante a ponto de permitir que uma garota serviçal o provocasse e o levasse a negar o seu Senhor e Mestre. Pedro podia resistir à perseguição e a qualquer outra forma de ataque direto, mas ele se desamparava e afundava diante do ridículo. Era um soldado valente, quando enfrentava um ataque frontal, mas era um covarde curvado de medo, quando surpreendido por trás. Pedro foi o primeiro dos apóstolos de Jesus a adiantar-se para defender o trabalho de Filipe com os samaritanos e o de Paulo com os gentios. Entretanto, na Antioquia, mais tarde, ele inverteu a sua posição quando afrontado pelos judaizantes que o ridicularizavam, retirando-se temporariamente de entre os gentios, sem outro resultado a não ser trazer sobre a sua cabeça a denúncia destemida de Paulo. Ele foi o primeiro entre os apóstolos a confessar, de todo o coração, reconhecer a combinação da humanidade e da divindade em Jesus, e o primeiro — depois de Judas — a negá-lo. Pedro não era tanto um sonhador, mas ele não gostava de descer das nuvens do êxtase e do entusiasmo dos seus deleites teatrais, para o mundo da realidade simples do dia-a-dia. Ao seguir Jesus ele ficava, literal e figurativamente, à frente da procissão ou então rastejando na última fileira — “seguindo de longe e por trás”. Entretanto, ele era o pregador mais notável dos doze; ele fez mais do que qualquer homem, a não ser Paulo, para estabelecer o Reino e enviar os seus mensageiros aos quatro cantos da Terra, em uma só geração. Após negar intempestivamente ao Mestre, ele caiu em si e, com o apoio compassivo e sensível de André, ele tomou de volta o caminho das redes de pescaria, enquanto os apóstolos permaneciam estáticos à espera de saber o que viria depois da crucificação. Quando ficou totalmente seguro de que Jesus o havia perdoado e de que tinha sido recebido de volta ao aprisco do Mestre, o fogo do Reino queimou de um modo tão brilhante dentro da sua alma, que ele se tornou uma luz grande e salvadora para milhares de almas na escuridão. Depois de deixar Jerusalém, e antes de Paulo tornar-se um espírito de liderança para as igrejas cristãs dos gentios, Pedro viajou extensivamente, visitando todas as igrejas da Babilónia até Corinto. Ele visitou muitas igrejas e ministrou até mesmo naquelas que haviam sido erigidas por Paulo. Embora Pedro e Paulo tivessem temperamento e educação muito diferentes, até mesmo em teologia, eles trabalharam juntos e harmoniosamente, nos seus últimos anos, para a edificação das igrejas. Um pouco do estilo e dos ensinamentos de Pedro é mostrado nos sermões parcialmente transcritos por Lucas e no evangelho de Marcos. O seu estilo vigoroso foi mais bem representado na sua carta conhecida como a Primeira Epístola de Pedro; ao menos isso é verdadeiro antes de haver sido ela alterada, posteriormente, por um discípulo de Paulo. Todavia, Pedro persistiu no erro de tentar convencer os judeus de que Jesus era, afinal, real e verdadeiramente o Messias deles. Até o dia da sua morte, Simão Pedro continuou a padecer mentalmente da confusão entre os conceitos de Jesus, enquanto Messias judeu, de Cristo como o redentor do mundo e do Filho do Homem, enquanto uma revelação de Deus, o Pai cheio de amor por toda a humanidade. A esposa de Pedro era uma mulher muito capacitada. Durante anos ela trabalhou satisfatoriamente como membro do corpo feminino e, quando Pedro foi expulso de Jerusalém, ela o acompanhou em todas as suas jornadas às igrejas, bem como em todas as suas excursões missionárias. E, no dia em que o seu ilustre marido teve a vida ceifada, ela foi atirada às bestas selvagens na arena de Roma. E assim este homem, Pedro, um íntimo de Jesus, um dos que fizeram parte do círculo interno do Mestre, partiu de Jerusalém, proclamando com poder e glória as boas-novas do Reino, até que a plenitude da sua ministração tivesse sido alcançada; e ele se considerou como um digno recebedor de altas honrarias quando os seus captores informaram-lhe que ele deveria morrer como o seu Mestre tinha morrido — na cruz. Dessa forma Simão Pedro foi crucificado em Roma. A Bíblia salienta os traços principais do caráter de Pedro, os quais iam se revelando em suas ações. a) Impulsivo – suas reações eram pusilânimes (Mc 1, 29; Mt 4, 20; 14, 28-29; 17, 1-13); b) Egoísta – Pedro demonstra seu egoísmo ao se preocupar consigo mesmo (Mt 16, 18-22). c) Interesseiro – Sua preocupação era com sua satisfação pessoal (Mt 19, 27). d) Soberbo – para Pedro, tudo o que ele fazia era “o melhor”(Mt 26, 33) f) Inconstante – O mesmo Pedro de diz “Tu és o Cristo, o filho do Deus Vivo”, na mesmo capítulo chama Jesus à parte e repreende-o por o mestre está falando sobre sua morte e ressurreição (Mt 16, 22). Antes havia recebido um elogio (Mt 16, 18), agora, uma repreensão (MT 16, 23). Pedro era um homem sincero. Desde os primeiros instantes em que esteve com Jesus, Pedro mostrou-se uma pessoa transparente e verdadeira, como no momento em que, maravilhado pelo milagre da pesca maravilhosa, prostrou-se aos pés do Mestre e confessou-se pecador, pedindo-lhe que se afastasse dele. Pedro era dinâmico. Dinamismo é qualidade daquele que é enérgico, ativo, bem disposto, que tem iniciativa. Foi com essa disposição que Pedro decidiu sair do barco e ir ao encontro de Jesus por sobre as águas, levantou-se contra os homens que intentavam prender seu Mestre e cortou a orelha de um deles, e, no dia de pentecostes, teve a iniciativa de sair do cenáculo e pregar o primeiro sermão, arrebatando quase três mil almas. Pedro era um homem volúvel. Uma pessoa volúvel é alguém instável, que gira facilmente; numa linguagem bem prosaica, alguém que, quando não é oito, é oitenta. No capítulo 16 do evangelho de Mateus, vemos uma sequência de fatos que mostra bem essa realidade. O homem que ainda há pouco tinha dado lugar para Deus usá-lo, agora dava lugar para o diabo (vv 16, 17, 22, 23). O mesmo homem que arriscou a sua vida para salvar seu Mestre, arremetendo-se contra seus algozes, e feito a promessa de que iria com Ele até a morte, mais tarde, nega-O diante de uma criada (Jo 18, 10, 17, 25-27). Ou, o mesmo que inicialmente não aceitava que Jesus lhe lavasse os pés, agora diz ao Mestre: “Senhor, [lava] não só meus pés, mas também as mãos e a cabeça” ( Jo 13, 6-9). Que extremos! Pedro era impulsivo e impetuoso. Impulsividade é qualidade de alguém que reage irrefletidamente sob as emoções do momento. Pedro era guiado por uma forte impulsividade, conforme podemos ver nos casos já citados, quando ele cortou a orelha de Malco, ou então, quando prometeu que iria com Jesus até à morte, se preciso, sem nem sequer ter ideia da grandeza da promessa que estava fazendo ou dizendo. JESUS CONHECIA BEM PEDRO Jesus conhecia muito bem essas e outras qualidades de Pedro, quando o chamou para o ministério. O mestre via além das fraquezas daquele homem: visava as suas potencialidades. Para citar o lugar comum, vale lembrar que Deus não chama capacitados, mas capacita os chamados. A ousadia, impulsividade e dinamismo de Pedro seriam muito úteis quando a serviço de Deus (At 1, 13.15; 2, 4). Antes disso, todavia, Pedro passaria por uma experiência que foi decisiva para uma transformação profunda no seu caráter. O GRANDE FRACASSO E A RENOVAÇÃO DE PEDRO Pedro nega a Jesus. No capítulo 26 do evangelho de Mateus está registada a mais importante e mais amarga experiência da vida de Pedro. Por três vezes ele negaria seu Mestre. Logo ele que havia prometido ir com Jesus até à morte, se preciso (v 35). O galo começa a cantar. Imediatamente Pedro lembra o que Jesus havia dito, e qual não foi sua dor quando, naquele mesmo momento, Cristo o olha de forma penetrante. Só lhe resta chorar, chorar amargamente. Era a tristeza segundo Deus, que opera o arrependimento para a salvação (2 Co 7, 10). Ali Pedro é despido de todo sentimento de orgulho, prepotência e superioridade que o caracterizou nos três anos de discipulado. Começava a conversão de Pedro. Procurado por Jesus. Os dias que se seguiram à morte de Cristo foram sombrios para Pedro. Ele ainda podia ouvir o cantar do galo e ver o olhar penetrante de Jesus. Os pensamentos que campeavam sua cabeça eram de desilusão, frustração e pesar. Negar seu Mestre, não, aquilo seria irreparável. De repente, as mulheres lhe trazem a notícia de que Jesus havia ressuscitado e mandara um recado para ele: “Mas ide, dizei a seus discípulos [de Jesus] E A PEDRO que ele vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis como ele disse” (Mc 16.7). Ali começava a restauração de Pedro. Mais tarde, Jesus lhe aparece, ressurreto, em circunstâncias desconhecidas (Lc 24.34). Foi no mar de Tiberíades que se deu o último estágio da restauração. João conta que, mesmo depois de todas as experiências que tivera com o Senhor, Pedro resolve voltar à pesca (cap 21). Alguns dias se haviam passado desde que Jesus aparecera pela segunda vez aos discípulos no Cenáculo – naquela ocasião, Ele lançou em rosto a incredulidade de Tomé (Jo 20.27). Junto com Tomé, Natanael, Tiago e João, Pedro tem uma ideia que revela mais uma vez a inconstância de seu caráter. Ele diz: “Vou Pescar”. Naquela noite, nada apanharam. De manhã, Jesus aparece na praia, mas não é, a princípio, reconhecido por eles. Foi João quem primeiro percebeu que era Jesus e abriu os olhos de Pedro: “É o Senhor” (v7). Quando Simão Pedro reconheceu Jesus, cingiu-se (estava nu) e lançou-se no mar. Na praia, depois de jantarem, Jesus se dirige a Pedro com a seguinte Pergunta: “Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que a estes?” “Sim, Senhor; tu sabes que eu te amo”, respondeu Simão. “Apascenta as minhas ovelhas”, continuou Jesus. Simão seria questionado mais duas vezes com a mesma pergunta. Pela terceira vez, ele responde, agora entristecido, “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”. “Apascenta as minhas ovelhas”, Jesus lhe pede pela terceira vez. Pronto: Pedro estava restaurado, convertido, transformado; pronto a ir até à morte por Jesus. Tanto é que, logo em seguida, o Senhor vaticina sobre o tipo de morte que Pedro teria, com que glorificaria a Deus (vv 18,19). «AS SETE VIRTUDES QUE JESUS VIU EM PEDRO ANTES DA SUA CONVERSÃO» 1. Um homem de ação Para entendermos a impetuosidade deste discípulo, precisamos conhecer sua história. Pedro era um Galileu, e todo Galileu tinha a reputação de serem independente e enérgico. Isso às vezes, os faziam parecerem turbulentos, mas eles tinham um caráter franco. Embora fossem impetuosos, eram também mais simples e transparentes do que os seus irmãos do sul. Pedro era ativo e seu modo de agir era muito rápido. Às vezes agia sem pensar muito! Quando Jesus andou sobre o mar, ele pediu para andar também, e foi o único a ter essa experiência! Quando Jesus estava sendo preso, Pedro foi o único que agiu tentando ajudar Jesus, embora acabasse cortando a orelha direita do servo do sumo sacerdote (Mt 26, 51; Mc 14, 47; Lc 22, 50; Jo 18, 10). Foi repreendido por Jesus, mas sua coragem nos impressiona!!. Se prestarmos atenção em Pedro, vamos notar que ele participou muito ativamente do ministério de Jesus aqui na Terra. Ele estava em todas as ocasiões, mesmo quando era para dar vexame, como negar Jesus! Mas, e os outros?!. Para onde fugiram os outros? É bem provável que se os outros discípulos estivessem na mesma situação de Pedro, quem garante que eles também não teriam negado Jesus! Na verdade, todos eles negaram, pois fugiram, se escondendo. Pedro foi o único a ter a coragem de aparecer! Nas histórias de Pedro, podemos ver que ele cometeu vários erros. Apesar de sua proeminência e entusiasmo, Pedro ainda era um ser humano imperfeito, mas muito atuante. Deus gosta de usar pessoas de “ação” na sua obra. Ele prefere que erremos tentando acertar, de que ficarmos parados, imobilizados ou engessados. Deus precisa de pessoas motivadas, que saibam influenciar, e de serem atuantes na sua obra! Deus quer pessoas “ativas”. Que sejam ativas na igreja, no lar, na vizinhança, no trabalho, na faculdade, e em todos os lugares onde o nome de Deus precisa ser exaltado! Ser ativo não significa falar muito ou querer aparecer. É deixar a passividade de lado e usar os dons que Deus lhe deu para engrandecer a obra de Cristo. 2. Um homem de coração humilde Diz a Bíblia, que certo dia Simão, André, Tiago e João tinham tido uma fraca noite de pesca. Jesus apareceu de repente e, subindo para o barco de Simão, ordenou-lhe que lançasse as redes. Ele assim o fez, apanhando muitos peixes que acabou enchendo dois barcos. Foi um milagre feito perante Simão. O discípulo maravilhado lançou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Senhor, ausenta-te de mim, que sou um homem pecador” (Lc 5.8). A confissão de Pedro indica que ele reconhecera a obra de Deus por intermédio de Jesus. Pedro na condição de pescador, não merecia estar na presença de Jesus, por ser Santo. Jesus jamais afasta o pecador que reconhece sua condição miserável! Pedro era um homem forte, vigoroso, arrojado, mas também era humilde para reconhecer suas fraquezas! A sua humildade foi que o diferenciou de Judas. Pedro poderia ter tido o mesmo fim de Judas, mas sua humildade sobressaiu, e ele pode ser reintegrado ao seu chamado. Muitos de nós nos assemelhamos a Pedro em suas fraquezas, mas dificilmente gostamos de nos assemelharmos a ele em humildade. O problema é que quando vemos Jesus mais claramente, também nos vemos na mesma medida. Sua santidade expõe nossas imperfeições; sua perfeição revela a nossa pecaminosidade. Você um dia já considerou no seu coração, ser menor do que os outros? Você seria capaz de tolerar uma humilhação? Já sentiu prazer em lidar com gente bem humilde? Deus usa, com maior força, pessoas humildes como Pedro, que têm coragem de assumir seus erros. O orgulho é um dos maiores obstáculos que Deus enfrenta para atingir o coração de alguém. É o maior empecilho para fazer dos cristãos pescadores de homens. 3. O arrependimento de Pedro foi sincero Pedro tinha negado o seu Senhor no momento de maior necessidade e humilhação de Cristo. O seu arrependimento foi sincero, pois demonstrou isso quando se entristeceu verdadeiramente pelo ato que cometera, e não pelas conseqüências. Seu arrependimento mostrou que o Espírito Santo podia trabalhar em seu coração e mudá-lo. Foi quebrantado por seu pecado. O seu pecado foi por ter usado palavras impróprias, e não o pecado de cobiça como foi o de Judas. Pedro estava totalmente arrependido e disposto a recomeçar! Esse atributo é o selo dos verdadeiros cristãos! Todos os seres humanos são pecadores, a grande diferença está no arrependimento, e não na quantidade de pecados! Se comparar Davi e Saul vai notar que os dois cometeram grandes pecados! Talvez alguns até julgassem Davi mais pecador, pois adulterou e matou um dos seus melhores homens: Urias, para ficar com sua esposa. Mas o segredo de Davi foi o arrependimento, assim como foi o de Pedro também. Esse texto nos dá uma dimensão interessante sobre o outro lado do arrependimento. É bom sabermos que sem arrependimento ninguém será salvo. Você tem essa virtude? Pois é, você sabia que tem muita gente no meio evangélico que nunca se arrependeu de ter sua língua refreada? Fala o que não deve, ou o que não convém dizer, mas fala! Você sabia que tem pessoas que não sabe perdoar? E que não pede perdão por ter errado?. Que fala palavras ásperas num momento de raiva? 4. Um poderoso missionário Pedro além de ativo, era zeloso, firme e intolerante. Jesus viu nele um elemento útil para a sua igreja. Pedro foi chamado para ser “pescador de homens” (Mt 4, 19). Em Lc 22.32 – Jesus nos mostra que sabia que Pedro um dia mudaria, e se tornaria um homem importante para a igreja primitiva. Queridos, todos nós que afirmamos seguir Jesus, estamos na mesma situação de Pedro. Recebemos oportunidades para fazermos a nossa escolha. Principalmente a escolha de fazermos a obra do Senhor. Cada um de nós deveria perguntar a si mesmo o que estamos fazendo com esta oportunidade que Jesus nos oferece. O Senhor nos dá oportunidade de reconquistar a sua confiança, e afastar do nosso coração a mancha de um dia termos negado o seu Nome. Depois que Jesus morreu e ressuscitou iniciou-se a grande obra de Pedro. Tornou-se um dos grandes missionários dos judeus e dos gentios! Uma pedra de valor nas mãos de Deus. Houve um momento que Pedro entendeu que tinha que sair de Jerusalém. Só depois de algum tempo em Samaria, é que ele volta para Jerusalém para relatar à igreja os bons resultados de seu trabalho (At 8.14-25). Foi em Jerusalém que Pedro conhece Paulo pela primeira vez após ter sido convertido (At 9.26-30). Deixa novamente Jerusalém e parte para uma viagem missionária em Lida e Jope (At 9.32-43). É chamado para abrir a porta da igreja cristã aos gentios, através da admissão de Cornélio de Cesareia (At.10). Embora o livro de Atos, destaque mais as viagens de Paulo, Pedro também viajou extensamente pela Antioquia (Gl 2.11), e Corinto (2 C1.12). Foi quando ficou conhecido como o apóstolo dos judeus (Gl 2.8). Quando Paulo se torna mais experiente na obra missionária, passa a assumir um papel mais ativo na obra da igreja. A partir daí, podemos perceber que o nome de Pedro foi relegado para um segundo plano na narrativa do NT. Na vida de Pedro, podemos identificar e observar como Deus usa pedras imperfeitas como nós. Pedro se destacou como um apóstolo humilde, mas de uma capacidade missionária extraordinária! Esses ingredientes fazem parte da receita de uma vida cristã saudável e digna de toda honra! Amados, creia, vocês poderão também se tornarão uma “pedra” nas mãos de Jesus, onde Ele irá lapidar e fazer de vocês uma “pedra” de infinito valor. 5. Um forte espírito de liderança Quando lemos o NT, podemos perceber que Pedro sempre “encabeça” a lista dos apóstolos nos relatos dos evangelhos. Junto a Tiago e João é um dos três do círculo fechado de Jesus. Os Evangelhos com freqüência retratam Pedro assumindo posição de liderança: faz perguntas, dá conselhos não solicitados, salta do barco para se encontrar com Jesus, anda sobre as águas, expressa convicção de que Jesus é o Cristo, afirma fervorosamente sua lealdade, puxa a espada no Getsêmani, e briga com os que vieram prender Cristo. O evangelho de Atos destaca Pedro como um líder inquestionável! Pregou o primeiro sermão evangelístico na Igreja Primitiva (At 2), corajosamente enfrentou o Sinédrio (At 4). Foi o primeiro a dividir o evangelho com um gentio na casa de Cornélio (At 10). Foi ele que buscou a moeda do tributo, na boca do peixe (Mt 17, 24-27). Junto com João, eram quem preparavam a Páscoa para Jesus (Lc 22, 8). Por isso, entendemos que os escritores do NT, o consideravam como o mais importante dos doze. Ele não escreveu tanto como João ou Mateus, mas surgiu como um apóstolo de forte liderança e grande influência na igreja primitiva. No dia de Pentecoste, 120 seguidores de Jesus receberam o Espírito Santo, mas a bíblia só registra as palavras de Pedro explicando o que estava acontecendo naquele lugar (At 2, 14-40). Ele e João foram os primeiros a realizarem um milagre depois de Pentecoste curando um paralítico na Porta Formosa (At 3.11-11). Foi Pedro que censurou Ananias e Safira (At 5, 1-11). Foi Pedro que sugeriu um novo apóstolo para o lugar de Judas (At 1, 15-25). A missão de Pedro foi de grande importância junto aos gentios (At 10). Interessante que os escritores do NT usaram quatro nomes diferentes para Pedro. Um é o nome hebraico Simeon, que significa “ouvir” (At 15.14). O segundo era Simão, a forma grega de Simeon. O terceiro era Cefas, palavra aramaica que quer dizer “rocha”. O quarto nome era Pedro, que em grego significa “pedra ou rocha”. Os evangelistas do NT se referem ao apóstolo com o nome Pedro, mais vezes, do que os outros três. 6. O coração de Pedro transformado e mais sensível à sua voz Pedro foi um homem notável por sua sinceridade e forte desejo de servir a Jesus em quaisquer circunstâncias. Com sua história, aprendemos que Deus chama o homem, apesar dos seus defeitos, a fim de projetar nele o seu caráter santo mediante a obra do Espírito Santo. Pois ele conhece a estrutura de cada um de nós, sabe de nossas imperfeições e nos entende. Há, porém, uma virtude que não pode faltar ao servo do Senhor: sinceridade. Se formos sinceros e desejarmos realmente servi-lo com toda a dedicação, a porta estará aberta para o Espírito Santo efetuar as transformações necessárias em nosso caráter. 7. A paixão e o zelo para com as verdades celestes Ao convocar Pedro, André, Tiago e João, Jesus demonstra que o chamado da evolução espiritual é austero, formal e irrecusável. Embora Pedro, André e João, os discípulos pescadores, já seguissem a Jesus, em algumas de suas viagens, desde quando saíram do grupo de João Batista. No entanto, seria necessário um convite direto para que eles não mais tivessem qualquer dúvida quanto à importância da missão que os aguardava. Eles percebem isso. Não mais se dedicariam aos afazeres da vida profissional da pesca. Os seus funcionários e demais familiares cuidariam do dever do sustento material. Jesus usa de uma metáfora: “Segui-me e eu vos farei pescadores de homens”. Eles continuariam sendo pescadores, mas de seres humanos. Passariam toda a existência retirando as consciências humanas das profundezas das misérias físicas e morais. Falta zelo quanto: Leitura da Palavra o prazer de meditar, nosso tempo disponível é ocupado com coisas banais nem vou citar a TV. Com isso crente enfraquecido na fé, sem firmeza para enfrentar o inimigo. Oração diária e constante, tempo de oração o fundamento da vida com Deus. Crente que não gasta tempo em oração é candidato ao fracasso e desânimo. Trocamos o poder pelo lazer Testemunho vivo e alegre na comunhão com os irmãos, sinal reciproco de que amamos a Deus, Jesus disse em João 14:21. Nas atividades da Igreja. Esquecemos que a Igreja existe para nossa participação, tempo de compartilhar com os irmãos gasta. No companheirismo da vida cristã, não temos o prazer de visitar una a outros. Cultivar uma vida de quebrantamento diante de Deus. Precisamos mudar o rumo do nosso foco, em trocar o sagrado pelo profano, em deixar de zelar mais pelas nossas coisas materiais do pela nossa própria vida com Deus. O grande erro que temos cometido através da história cristã, e não percebemos que se faz necessário, vivermos um zelo extremado a vida com Deus. Devemos nos espelhar nos mulçumanos, embora considerassem sua prática de fé contrária a nossa, mas devemos admitir que eles vivem um zelo que cada um de nós precisava viver. Se não tivermos zelo não chegaremos a lugar algum, nem jamais poderemos afirmar como Paulo, completei a carreira e guardei a fé. PEDRO É TOTALMENTE TRANSFORMADO Pedro no Pentecostes. Jesus já havia voltado para o céu. Antes, porém, ordenou que os discípulos não se ausentassem de Jerusalém até que do alto fosse revestidos de poder (At 1, 8). Cinquenta dias depois da ressurreição de Jesus, acontece o cumprimento da promessa e os discípulos são batizados com o Espírito Santo (At 2.1-5). Os sinais resultantes do batismo chamam a atenção de judeus de todo o mundo que estão ali reunidos para celebrarem a festa de Pentecostes e querem saber o que era aquilo. Pronto. Pedro, cheio do Espírito Santo, levanta-se e prega o seu primeiro sermão com tanta ousadia e destemor que quase três mil almas se converteram. Seu temperamento destemido, impulsivo e ousado estava agora a serviço de Deus, sob total controlo do Espírito Santo. Imaginem só alguém que negara Jesus diante de simples criados, agora o confessando diante de grandes autoridades. Pedro após o Pentecostes. Os dois elementos que marcaram o ministério de Pedro: graça para resistir à perseguição e zelo pela integridade da igreja. a) Resistindo à perseguição. O homem inconstante que não conseguia velar sequer uma ora em oração com seu Mestre, agora é um crente de constante oração. E estava indo orar, juntamente com João, quando curaram um coxo à porta do templo (At 3, 1-9). Naquela oportunidade, Pedro pregou seu segundo sermão, resultando na conversão de quase cinco mil almas (At 4, 4). O tumulto chamou a atenção dos sacerdotes e dos capitães do templo, os quais conduziram Pedro e João ao Sinédrio, o mesmo tribunal que julgara Jesus. Pedro agora está convertido, está seguro e convicto, a ponto de defender com toda a ousadia a causa do Mestre e regozijar-se por se haver digno de sofrer pelo seu Senhor (At 5, 42). Nem mesmo os grandes intérpretes da lei judaica conseguiram calar o homem, muito pelo contrário, ficaram impressionados com a sabedoria co que Pedro falava, sabendo que este era homem indouto. Pressionado para que parar-se de pregar, Pedro se saiu com esta pérola: “Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4, 20). b) Zelando pela integridade. A igreja recém-formada crescia de forma impressionante. Grande era o entusiasmo entre aqueles primeiros crentes. Ele vendiam suas propriedades e traziam aos pés dos apóstolos. É nessa conjuntura que Pedro, como um líder na igreja, tem que lidar com os ardis de Ananias e Safira, um casal que usou de falsidade para com a comunidade dos santos. Eles venderam voluntariamente uma propriedade, a fim de que o dinheiro fosse doado para a realização de obras sociais na igreja. Mas não entregaram o valor combinado, guardaram uma parte, tentando assim enganar o homem de Deus. A desonestidade do casal foi revelada a Pedro pelo Espírito Santo. Não, a igreja não podia abrir aquela fissura logo de início. Pedro precisava tomar uma posição. E agiu. Por uma questão de integridade – isso não se negocia –, ministrou uma punição extrema – a morte – sobre Ananias e Safira (At 5.1-10). É importante notar o papel de liderança desempenhado por Pedro naqueles dias. Foi ele que sugeriu que se escolhesse um outro apóstolo para preencher o lugar de Judas, o traidor, e que resultou na escolha de Matias. Foi ele quem respondeu aos judeus atónitos o que significava os sinais no dia de Pentecostes, quem se insurgiu contra a desonestidade de Ananias e Safira; mais tarde daria palavra decisiva sobre os gentios, ordenando que não impusessem sobre eles o jugo dos ritos judaicos (At 15, 7-10). Autor: Jânio Santos de Oliveira janio-estudosdabiblia@bol.com.br
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Respostas de 7
Bom ensino
Todos nós temos um pouco de Pedro.
Na, tens em mim, um pouco de Pedro, ainda pescador de peixes. Venha, sobre mim, Espírito Santo, me faça Pescador de Homens, como Pedro totalmente Transformado.
Onde estão a referências bíblicas para confirmação e estudo do que está escrito aqui? CUIDADO, Leitor!
Excelente estudo justamente o que eu procurava !
São Pedro, rogai por nós! Em São Pedro, enxergamos nossa condição humana, mas o seu triunfo, representado pela redenção, nos demonstra que se São Pedro conseguiu, nós também vamos! Benção e paz.
O Apóstolo Pedro não pode interceder por nós,somente Jesus morreu e ressucitou e está à direita de Deus nosso Pai. jesus sim é o nosso e único mediador entre Deus e os Homens (1 Timóteo 2.3-6). Nenhum dos Apóstolos que morreram já ressucitou.