SOCIEDADE – Trump 2 concilia big techs e complexo militar-industrial. Por que isso é tão perigoso?

Riquezas, recursos e mercados internacionais interessam tanto ao tradicional complexo militar-industrial quanto às big techs, e Trump parece conseguir unificar diferentes e contraditórios setores capitalistas

O novo governo Trump começa a se desenhar. Até o momento, fica claro que ele está dividido em duas alas principais. Uma, a de trumpistas raiz, de fascistas sinceros, representantes de um movimento plebeu de milhões de cidadãos da classe média e trabalhadores desorganizados cansados do “sistema”. Outra, de grandes magnatas movidos por puro pragmatismo.

Mas essas alas do novo governo não são homogêneas. A primeira conta também com personagens como RFK Jr. e Tulsi Gabbard, ex-democratas com posicionamentos esquerdistas. São eles, justamente, os mais combatidos pelos meios de comunicação e porta-vozes do establishment.

A ala dos grandes magnatas nitidamente já demonstrou ser a mais privilegiada do governo. A maioria dos postos de primeiro escalão é ocupada por representantes tradicionais do regime americano, em particular pelos conhecidos “falcões”, como Marco Rubio e Elise Stefanik. São os funcionários do complexo militar-industrial que domina o Estado desde que ele se tornou imperialista.

Porém, o complexo militar-industrial não tem mais a mesma hegemonia de outrora. Elon Musk e Peter Thiel chegaram para competir com ele. As novas empresas de tecnologia do Vale do Silício querem também uma fatia da indústria bélica dos Estados Unidos. E elas têm se apresentado como sendo muito mais leais a Trump do que o velho complexo militar-industrial, que vê com preocupação as movimentações do novo presidente para trocar peças-chave do comando das forças armadas e das agências de inteligência por homens de confiança – possivelmente do próprio MAGA. Seu maior medo é que Trump politize esses órgãos de segurança, abrindo as suas portas para as massas plebeias do trumpismo.

Fonte: Site Diálogos do Sul
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