Ordenação de mulheres pela Igreja católica será inevitável

 

“Anselmo Borges lembrou as declarações polémicas do cardeal português José Policarpo, que numa entrevista afirmou não ver razões teológicas para a não-ordenação das mulheres, e do cardeal italiano Carlo Maria Martini, morto em agosto de 2012, em defesa da ordenação das mulheres.”

Publicado a 24 JAN 15 às 11:26
O teólogo católico português padre Anselmo Borges, defende que a ordenação de mulheres na Igreja católica será inevitável, num comentário sobre a sagração da primeira bispa da igreja anglicana inglesa.

«Não sei quando, mas que vamos ver, vamos» a ordenação de mulheres na Igreja católica, disse à Agência Lusa Anselmo Borges, também professor na universidade de Coimbra e ensaísta.

«Tem de ser, porque a Igreja católica, aqui no ocidente, é a última grande instituição que continua machista e que discrimina as mulheres. Ora, Jesus não discriminou as mulheres (…) mais tarde ou mais cedo, esta discriminação na Igreja terá de acabar. Acho necessário para não haver discriminação, para seguirmos a vontade de Jesus, que não discriminou», afirmou.

Ordenação de mulheres pela Igreja católica será inevitável

Anselmo Borges lembrou as declarações polémicas do cardeal português José Policarpo, que numa entrevista afirmou não ver razões teológicas para a não-ordenação das mulheres, e do cardeal italiano Carlo Maria Martini, morto em agosto de 2012, em defesa da ordenação das mulheres.

A primeira bispa da Igreja de Inglaterra vai exercer o seu ministério em Stockport, uma cidade desindustrializada, na zona de Manchester (noroeste de Inglaterra).

Esta designação, anunciada em dezembro de 2014, põe fim a séculos de domínio masculino na hierarquia clerical e acontece 20 anos depois das primeiras ordenações de mulheres padres, que representam atualmente, em Inglaterra, perto de um terço do clero. Libby Lane tem 48 anos, dois filhos e é casada com um padre.

O anglicanismo, a terceira maior comunhão a nível mundial, com 13,4 milhões de membros, nasceu de uma rutura com a Igreja católica no século XVI, depois da recusa do papa Clemente VII de conceder ao rei Henrique VIII a anulação do casamento com Catarina de Aragão.

 

Lusa

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