ARTIGO – CONSTRUINDO JARDINS

Aprecio bastante a ideia de construir jardins. É um ponto de encontro entre as pessoas. Sentar num banco e trocar de vocabulário. É também quando temos um contacto com a natureza: árvores, flores, frutos, gramas. Um ar de leveza circula, uma harmonia prende as pessoas, a liberdade de circular, descansar. Tudo se refaz e se renova, a cada momento no jardim.

Alguém perguntado o que Deus deveria fazer no mundo respondeu “criar jardins” (Rubem Alves). A criação de jardim está no início da história da humanidade. Criou o homem e colocou num jardim. Ele estava presente naquele universo de harmonia e paz. O homem pretendeu criar um jardim paralelo e aí começaram os problemas.

O evangelho de João começa no círculo amoroso divino e Jesus chega a vir habitar entre nós. O ponto do circuito foi a figura de Maria, pela força do Espírito Santo. Ao lado da luz estavam as trevas. Isto vai ser decifrado na morte e ressurreição de Cristo. No final da narrativa da paixão de Cristo João (19,42) afirma que Jesus foi crucificado num jardim e nele existia uma cova nova onde ele foi colocado. É dali que brilha o aleluia da ressurreição. É o novo jardim oferecido à humanidade.

Então, somos convidados e sermos continuadores da construção desse novo jardim que Cristo recria, readquire com muita dor, com muito sangue. Novos jardins são possíveis. Cada um, as igrejas, podem entrar nesta aventura e multiplicar os jardins do mundo até os finalmente da humanidade.

Fortaleza, 18.04.2025. Ozanir Martins Silva (sexta-feira santa)

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